A palavra informação deriva do latim informare que significa “dar forma a”. Logo constitui a leitura que
uma pessoa faz dos dados ou a relação que uma pessoa faz entre os dados (Maria
Cabrita, 2009), assim sendo depois de tratados passam a ter um significado num
determinado contexto, gerando-se informação.
Para José Rascão (2008) a informação “representa uma
quantidade que mede ou reduz a incerteza, isto é, tudo aquilo que permite
reduzir a incerteza experimentada por um observador em relação à ocorrência de
um determinado evento” (José Rascão, 2008). Para isso os dados são sujeitos a
transformações e relacionamentos que visam transformá-los em elementos
significativos para a tomada de decisão dentro de uma organização.
“Informação” são dados que tem significado por meio de
conexão relacional só acontecendo se os dados forem organizados e partilhados
pelo emissor e receptor. O significado da informação depende dos dois
intervenientes assim como de possíveis interferências que ocorram durante a
transmissão, que não devemos descurar. Estamos assim a falar de um processo de
comunicação que pode ser num único sentido ou nos dois sentidos. O primeiro
tipo de comunicação é usada por quem manda, reduzindo a ansiedade nos
superiores hierárquicos que terão tendência a pensar que está tudo bem pois as
decisões não são questionadas (Almeida, 2005). Também Rosa (1994) refere que é
duvidoso que conduza a resultados satisfatórios e a sua eficácia é problemática,
principalmente quando a mão-de-obra é qualificada. Já quando ocorre comunicação
em dois sentidos apesar de ser mais lenta é mais exacta consensual e assumida
(idem).
No que se refere a problemas de transmissão é necessário
ter em conta que os componentes do sistema comunicacional estão sujeitos a
ruídos, silêncios que podem anular ou desvirtuar as decisões (Fonseca, 2000) ou
a informação. Também como diz Fonseca (1998) podem levar à ocorrência de
incorrecções, lacunas ou imprecisões na informação dada, ou sobrecarregá-la de
tal modo que tornam penosa a sua compreensão.
Henrique (2005) apresenta um quadro baseado nos três
grandes grupos de barreiras à comunicação identificados por Teixeira (1998), as
barreiras técnicas, de linguagem e psicológicas
Barreiras técnicas
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Barreiras de linguagem
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Barreiras psicológicas
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· O tempo
· Sobrecarga de comunicação
· Ruído
· Distância entre emissor e o receptor
· Espaço físico
· O código usado
· A diferença de culturas
· Quadro de referência
· Papéis desempenhados por cada indivíduo na sociedade
· Contexto
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· Complexidade da mensagem
·
O vocabulário
· A possibilidade de diferentes significados
· O “jargão”
· Quadro de referência
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· Filtragem da informação
· Grau de confiança e abertura de espírito
· Sentimentos
· Preocupações
· Stress
· Tendência para ouvir o que se espera ouvir
· Diferenças de percepção
· Estado de fadiga
· Desmotivação
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In: Henrique (2005) com base em Fachada
(2000), Teixeira (1998), Cadim (1990) e Donnelly (2000)
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