sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Informação


A palavra informação deriva do latim informare que significa “dar forma a”. Logo constitui a leitura que uma pessoa faz dos dados ou a relação que uma pessoa faz entre os dados (Maria Cabrita, 2009), assim sendo depois de tratados passam a ter um significado num determinado contexto, gerando-se informação.
Para José Rascão (2008) a informação “representa uma quantidade que mede ou reduz a incerteza, isto é, tudo aquilo que permite reduzir a incerteza experimentada por um observador em relação à ocorrência de um determinado evento” (José Rascão, 2008). Para isso os dados são sujeitos a transformações e relacionamentos que visam transformá-los em elementos significativos para a tomada de decisão dentro de uma organização.
“Informação” são dados que tem significado por meio de conexão relacional só acontecendo se os dados forem organizados e partilhados pelo emissor e receptor. O significado da informação depende dos dois intervenientes assim como de possíveis interferências que ocorram durante a transmissão, que não devemos descurar. Estamos assim a falar de um processo de comunicação que pode ser num único sentido ou nos dois sentidos. O primeiro tipo de comunicação é usada por quem manda, reduzindo a ansiedade nos superiores hierárquicos que terão tendência a pensar que está tudo bem pois as decisões não são questionadas (Almeida, 2005). Também Rosa (1994) refere que é duvidoso que conduza a resultados satisfatórios e a sua eficácia é problemática, principalmente quando a mão-de-obra é qualificada. Já quando ocorre comunicação em dois sentidos apesar de ser mais lenta é mais exacta consensual e assumida (idem).
No que se refere a problemas de transmissão é necessário ter em conta que os componentes do sistema comunicacional estão sujeitos a ruídos, silêncios que podem anular ou desvirtuar as decisões (Fonseca, 2000) ou a informação. Também como diz Fonseca (1998) podem levar à ocorrência de incorrecções, lacunas ou imprecisões na informação dada, ou sobrecarregá-la de tal modo que tornam penosa a sua compreensão.
Henrique (2005) apresenta um quadro baseado nos três grandes grupos de barreiras à comunicação identificados por Teixeira (1998), as barreiras técnicas, de linguagem e psicológicas



Barreiras técnicas
Barreiras de linguagem
Barreiras psicológicas
·       O tempo
·       Sobrecarga de              comunicação
·       Ruído
·       Distância entre           emissor e o receptor
·       Espaço físico
·       O código usado
·       A diferença de            culturas
·       Quadro de referência
·       Papéis desempenhados      por cada indivíduo na      sociedade
·       Contexto
·     Complexidade da            mensagem
·         
      O vocabulário
·     A possibilidade de        diferentes significados
·     O “jargão”
·     Quadro de referência
·     Filtragem da informação
·     Grau de confiança e        abertura de espírito
·     Sentimentos
·     Preocupações
·     Stress
·     Tendência para ouvir o    que se espera ouvir
·     Diferenças de percepção
·     Estado de fadiga
·     Desmotivação


In: Henrique (2005) com base em Fachada (2000), Teixeira (1998), Cadim (1990) e Donnelly (2000)

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